novas tramas

Visto-me primeiro de um olhar azul-estrelado.
Depois, acrescento véus de desejo rubro.
Combino com um colar de desvarios e luvas de curiosidade tátil.
Calço um par de plenitudes com cordões alegremente entrelaçados
Pra finalizar: batom cor de confissões.
E já que as palavras se apressam em despir-me,
Recolho-me entre o silêncio dos lençóis desalinhados.
Cúmplices da oratória saboreada em mesa farta,
Gravados de novos vocábulos furta-cor.
E ainda que o tempo desbote suas tonalidades e neutralize seus odores.
Suas marcas resistirão a qualquer enxágüe de olvidamento.
Dia após dia, impensáveis interpretações vão surgindo ziguezagueadas,
São novas tramas adornando a verve de um amor (re) descoberto.
Poema sem título (Deborah L.)

4 comments:

Legalmente Celle said...

Pra variar, seus posts são cada dia mais interessantes!

Bjussss
Celle

Legalmente Celle said...

Obrigada pelos elogios, mas pensando bem, falas como se fosse diante do espelho ^^ Vc sim merece ler isto!

Bjussssssssssssssss linda!

Celle

Anonymous said...

tá muito show mesmo oseu blog, tô adorando acompanha-lo...
um grande abraço.

Avati said...

amor (re)
isso me fez pensar em uma carnalidade latente
amor que é coisa
amor que é res pública
amor banal

gostei muito do poema
vou acompanhar o blog, linkando-o aos meus favoritos...

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