Todas as luzes se apagam. Todo mundo vai dormir. O pânico
instala-se em mim. Pronto. O que vou fazer agora? Ai, meu Deus! Esqueci de
trazer abajur, só tem um travesseiro, não tem computador, não tem tv a cabo,
nenhuma bebida na geladeira, ninguém pra conversar, me resta apenas rolar de um
lado pro outro na cama e esperar a alvorada. A essa altura, estarei demasiado
cansada pra poder levantar com mesma energia que os demais. Vou ficar quieta,
tentar pensar em algo bem leve, suave, quem sabe assim relaxo e o sono vem
vindo de fininho? Não, não vem. É uma luta inglória. Me sinto o Davi de frente
pro Golias, sei que um dia vou ganhar a luta, mas a batalha notívaga é cruel,
muito cruel. Me engole, é como se eu não fosse mais eu mesma, atinge o ponto
máximo do grau mais baixo da minha auto-estima. Todo lo que yo sé és que no sé vivir sin paz
en mi corazón. É nessas horas que penso o quanto somos miúdos. Uns
miúdos seres humanos que diante das equações d´alma são um mísero grão de areia
nesse universo imenso. Ainda bem que o sol se põe todos os dias e nos
realimenta com tudo quanto é esperança possível e imaginária. Ah, esse
imaginário! Nem eu entendi. Nem quero. Depois refaço isso aqui.


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