Obs: Pegar meu dicionário de psicanálise que eu emprestei; Citar todas as fontes de pesquisa; Explicar em nota de rodapé os termos Eu, Outro, Significado, Significante, Ideal do eu, O eu ideal, Lei, Recalque, Inconsciente, Investimento, Sujeito, Objeto, Aparelho psíquico, outros.
O ideal na constituição do sujeito: a horda e o vínculo erótico
No percurso de constituição do sujeito há a ereção dessa instância que se chama o “eu”. Ela é a sede da ilusão da consciência e a herdeira do narcisimo primário (detalhar), isto é, ela concentra o investimento amoroso oriundo dos pais. O amor, a capacidade de amar também se dá na estrutura e está na base do reconhecimento do Outro enquanto ser desejante.
O mais antigo vínculo de uma pessoa com outra se dá pela identificação ao significante – e, neste caso, o pai vem fazer signo dessa relação, a criança quer “ser como ele”. A criança tem no pai (nesta função, seu lugar e seu agente) o seu primeiro ideal. Ao mesmo tempo estabelece-se uma escolha amorosa, chamada relação de objeto, com a mãe – a criança quer “tê-la para si”.
Na primeira etapa da vida erótica do ser falante ( aproximadamente até os 5 ou 6 anos) a mãe é objeto de intensos investimentos libidinais. A saída da primeira infância coincide com uma operação que instaura o recalque da mãe como objeto de gozo. A partir daí, a criança se abre mais para a vida social, para os amigos e outros interesses não tão centrados no par parental. O recalque força a transformação das pulsões sexuais em impulsos ternos e fixa o sexual no inconsciente. A operação que barra mãe como objeto de gozo implica a existência do pai como representante da Lei. A partir do recalque das primeiras escolhas amorosas abre-se toda uma escala de possibilidades de relações afetivas reunidas sob o termo de amor.
“Mesmo em seus caprichos, o uso da linguagem permanece fiel a uma certa espécie de realidade. Assim, ela (a linguagem) dá o nome de “amor” a numerosos tipos de relações emocionais que agrupamos, também, teoricamente como amor; por outro lado, porém, sente, a seguir, dúvidas se esse amor é amor real, verdadeiro, genuíno, e assim insinua toda uma gama de possibilidades no âmbito dos fenômenos do amor.” (Freud, S. Psicologia de grupo e análise do ego, Cap VIII)
O amor pode ser sensual ou terno conforme o caso: se se trata de um puro investimento das pulsões sexuais com vistas a satisfação diretamente sexual, ou se se trata, nas palavras de Freud, de um investimento mais duradouro, que vai manter-se ligado ao Objeto mesmo nos intervalos desapaixonados.
A constituição do sujeito passa tanto pela identificação quanto pelo amor, podendo mesmo que, um venha a tomar o lugar do outro (uma relação de objeto pode regredir para uma identificação).
O aparelho psíquico se desenvolve e por força de suas necessidades sofre moficações, esta construção se traduz em instâncias que Freud nomeou, em sua Segunda Tópica, de Isso, Eu e Supereu (Id, Ego e Superego). Esta última ainda se difernecia no Ideal do Eu. Assim, esta instância chamada Eu (que as traduções para o português chamam pelo terno latino Ego) se desenvolve, na estruturação do falante, em íntima relação com o Objeto da escolha amorosa:
“Em muitas formas de escolha amorosa, é fato evidente que o objeto serve de sucedâneo para algum inatingido Ideal do Ego de nós mesmos. Nós o amamos por causa das perfeições que nos esforçamos por conseguir para nosso próprio ego e que agora gostaríamos de adquirir, dessa maneira indireta, como meio de satisfazer nosso narcisismo”. (Freud, S. Psicologia de grupo e análise do ego, Cap VIII)
A devoção do Eu ao objeto é, portanto, fenômeno normal, calando qualquer crítica que possa vir do Ideal do Eu:
“... Ao mesmo tempo desta “devoção” do ego ao objeto, a qual não pode mais ser distinguida de uma devoção sublimada a uma idéia abstrata, as funções atribuídas ao Ideal do Ego deixam intereiramente de funcionar. A crítica exercida por essa instância silencia: tudo que o Objeto faz e pede é correto e inocente. A consciência não se aplica a nada que seja feito por amor do Objeto; na cegueira do amor, a falta de piedade é levada até o diapasão do crime. A situação total pode ser inteiramente resumida numa fórmula: o Objeto foi colocado no lugar do Ideal do Ego”.
Em sua forma extrema o amor evidencia esta operaçãode substituição: tendo colocado o objeto no lugar do seu ideal (e, portanto, no lugar que é identificado com a instância paterna) o Eu se entrega ao Objeto. Tal entrega produz um estado de “fascinação” e leva a uma “servidão” do Eu ao Objeto.
Freud descobriu esta estrutura do amor na constituição subjetiva desvendando o poder subjacente à hipnose. Ora, ele diz, “A relação hipnótica é uma formação de massa composta de dois membros: tal relação revela, em sua estrutura, o fenômeno de poder de um indivíduo sobre o outro”.
“A hipnose não constitui um bom objeto para comparação com uma formação de grupo, porque é mais verdadeiro dizer que ela é idêntica a essa última. Da complicada textura do grupo, ela isola um elemento para nós: o comportamento do indivíduo em relação ao líder.” (Freud, S. Psicologia de grupo e análise do ego, Cap VIII)
Eis então o ponto que perseguimos: os bandos de rua estão fortemente ligados a seus líderes por vínculos eróticos da natureza do que foi descrito neste capítulo até aqui. Por força de uma abandono profundo e cabal:
Saloon de filme de faroeste – metáfora para a lei, o inconsciente e o eu.
As fixações de Hitler, a Propaganda usada para convencimento do ideal de pureza (Eugenia) – Fixações na: Cidade natal, Linz; Na Antiguidade e em Wagner.
O Nazismo e suas influências na gerações seguintes.


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