Até hoje não sei me descrever. Acho que ninguém sabe. Me gabo por feitos muito bobos. Acho delicioso me sentir muito amada, adoro amar, acho que qualquer um deve gostar. Mas, tenho medo de gente com muito escudo, que se recusa a dizer o quanto ama, o quanto quer, o quanto é, o quanto está. Gosto mais de conversar do que fazer esporte. Curto um lance Nelson Rodrigues, Artaud, Cinema novo, Poesia marginal e todas essas coisas no estilo cabeça feita. Entendo da maioria dos assuntos só no verniz, não sou especialista em nada. Prefiro o lato ao strictu. E escrevi esse latim aí, só pra ficar chique. Sou mais do dia do que da noite, mas a noite me escolheu. Curto demais o Drummond, todo acanhadinho e inteligente ao cubo. Detesto frase feita, mas uso quando não encontro nada melhor. Freud pra mim é o cara. Amo psicanálise e por causa dela, entendo mais o mundo, mas não sei se isso é de alguma utilidade. Gosto demais de palavras, de sons, de sorrisos, do igual de cada dia, sou meio avessa à necessidade de aventuras a todo custo. Mas, já fui adepta. Hoje não mais. Português, francês, espanhol, italiano e inglês são línguas que adoro. Ainda quero aprender hebraico. Tem horas que me acho metida pacas, mas depois vejo que não. Tenho baixa tolerância à escrúpulos excessivos, me cheira a falsa moral. Me encanta gente autêntica, com a alma livre. Brinco demais, já acho a vida demasiado dura pra poder levá-la tão seriamente. Curto ficar toda odara, me sentir meio Caê, meio riponga. Adoro gente. É meu programa preferido. Mas, necessito ficar só e me sinto bem demais com isso. Uso muito algumas palavras, como por ex.: coisa, demais, adoro, gosto, preciso, acho, dentre outras. Acho lindo mulher de unhas feitas, cabelos bem cuidados, salto alto, mas que não se gabam por isso. Tenho cisma com mulher e homem que falam só de marcas, vinhos, viagens, feitos, acertos. Acho, logo existo. Amo gente que ama as inutilidades básicas da vida, daquelas que só os seres mais dotados de fino humor são capazes de não deixar passar desapercebidas. Tem horas que me acho boba demais. Queria ser mais muita coisa, mas quando paro e penso vejo que sou o suficiente pra ser feliz de vez em quando. É issâe!
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