Passagens de mi vida

Fui aos E.U.A apenas uma vez, tinha 11 anos. Fiquei decepcionada com a tal Disneyworld, apesar de ter ido numa faixa de idade em que o deslumbramento é quase obrigatório. Realmente, gostei muito pouco da tal Disneyworld. Tudo me soou bobo demais, o tal passeio no missisipi foi um vexame total. O barco enguiçou e ali eu vi que a tentativa de um mundo perfeito era uma grande furada. Prefiro a fantasia interior, pois vai onde você estiver, não depende das falsas promessas de um mundo infantilizado, onde tudo vira um playground. Certamente, meu plano de fuga da infância não teria sido para lá. Muito me estranha o tipo de pessoa que se deslumbra facilmente com as coisas, é como se o sujeito crescesse e tudo continuasse a ser um brinquedo. Compra-se tudo, fabrica-se um mundo no qual não há reflexão, onde não há charme, onde não há questionamento. Teve uma época que eu jurava ser anormal, depois cheguei à conclusão de que a normalidade não existe. Amo ser feliz. Adoro rir, acho graça em quase tudo, a não ser quando durmo pouco ou quando estou muito tensa, com a mente ocupada com algum problema que eu não consiga resolver, mas, mesmo assim, tento ver o lado positivo.

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