Coisas de labirinto


Um ensaiozinho que fiz e não mandei pra um concurso da piaui. Achei agora. Lá vai:
Tudo tão perto, mas tão confuso, tudo perto das mãos e nada de saída. Meus olhos se abrem, fecham e eu me esforço pra ver fragmentos de luz, mas a memória que eu não alcanço, desfia alguns furos internos. Não posso mover meus passos por esse atroz labirinto. Esse amor me consome, Não posso mover meus olhos, quero sonhar, meu estômago queima, minhas pernas não tem forças, a taquicardia aumenta e fico imóvel. A imobilidade me trava todas as possibilidades. O cinismo não se encaixa. Não posso lamuriar. Nem falar. Estou num silêncio absoluto. Nem mesmo comigo eu dialogo mais. Entrei com toda pompa e circunstância, o amor clamava: vem, ó, criatura solitária, vem, ó, criatura pequena. E eu fui. E ninguém sabe voltar.

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