
Se alguém tocar seu corpo como eu
não me conte, não me diga
finja que esqueceu
Se eu descobrir que me tens em ti
direi em prosa e verso,
em alto e bom tom
cenas deste amor louco, solto
Não debruçarei-me a tua espera
não lerei poemas, nem romances
nem escutarei gente musicando
amores ideais
Apenas beijarei-te
com meus melhores beijos
entrarei na fresta dos teus pensamentos
sorrirei contente por olhar-te de frente
Não lerei Petrarca
nem insistirei no amor platônico, no amor dos loucos
amarei com meu melhor toque
e te direi o quanto é suave a noite, o dia
o teu brilho
Saberei como é o amor da gente
sentindo que tu me sentes
meu ninho, meu xodó,
meu benzinho, meu amorzinho,
meu doce de côco, meu lindinho
todos esses apelidos bobos
entoarei em nossas quatro paredes
Não te constrangerei dizendo
o que não te soa acolhedor
te acolherei como dita teu desejo
serei tua escrava
tu mandarás em meu ritmo,
meu coração terá olhos só pra ti
E tu cansarás de me ver
tão entregue, tão tua
e, de tão imenso
esse amor não caberá na tua vida
e eu não serei mais do que uma parte imensa de ti
e tu te cansarás de ver
tua própria imagem se movendo e te querendo
quando nem tu mesmo te queres mais


1 comment:
Uau! Belíssima poesia...Musical, cotidiana, sem máscaras. Retrata tão bem meu modo de sentir a entrega e o amar! Beijo procê. Ps: Não me esqueci de enviar as minhas e o endereço do blog. Farei isso por esses dias.
Deborah.
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