BLOG É NON SENSE

BLOG É NON SENSE: que tudo flua, do jeito que tiver que ser, sem minhas patéticas censuras.

a vida é uma ida, clara, límpida água corrente, solta nos espaços que se acham pela claridade que os olhos não alcançam, tudo é surpesa, delírio, fabrico, aumentativo, diminutivo, imperativo, gerúndio, tudo é nada, nada é tudo, o meio termo é o que se quer, o que se acha são fragmentos recriados e a reinvenção da vida é o mais enigmático e claro enigma.

pra começar: escrevo quase sempre em letras minúsculas, fica tudo mais leve.
poemas, em geral:
são os que escrevo. os que não forem, terão seus autores devidamente citados.

versos, músicas, cenas da vida, observações do cotidiano e uma infinidade de coisas me marcam ou marcaram: citarei os que tiverem autoria.

"... o que faz ela ser quase um segredo, é ser ela assim tão transparente.."
(Dandara, música do disco "baiana da gema", da Simone)

"... sei que às vezes uso palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas..."
(música do renato russo, linda na voz de Zélia Duncan)

imagens: se possível vou colocando ao lado, pois estou apenas começando nesse negócio de blog, então tem horas que some todo o texto que escrevi, a imagem que tento baixar não vem, dps de minutos e minutos de espera... mas chego lá.

cá neste espacinho que me foi concedido pelo mundo virtual, vou aprender a deixar um pouco de mim, ou apenas transferir o que transborda.

sintetizar

utilizar síntese
ser sintética, não
transbordo

sou antítese de sínteses
tenho fibras desiguais
tessitura natural

sôo excesso, deserto
e sou eu, decerto

amor perfeito

suas mãos já seguraram
meu coração
e foi uma espécie
de rima destemperada
querendo suavidades

gostava dessas mãos,
tão próximas
ia gostando dos aumentativos,
desprezando superlativos

tudo em um gerúndio tão intenso,
imperfeito
e eu querendo de presente
tempo de conjugações perfeitas
amores perfeitos

sem repetições
sem imitações
apenas plural, no singular.