
Não quero a beleza plástica/enfeitada com fricotes/ maquiagem/e roupas de marca/Não quero a chapinha no cabelo/ os lábios de batom colorido/ e o sapato salto alto/ Desprezo o comentário fútil/o tratamento forçado/ e as pessoas que trazem um crocodilo escondido no sorriso/ Não me hipnotizo pela aparência bonitinha/ e muito menos pela ignorância bem comportada/Quero ter a liberdade do mendigo/ a lucidez do bêbado/a esperança do guardador de carros/a astúcia do gari/e a coragem do pedreiro/Pois uma coisa nessa vida ainda me comove/ É a beleza pura da moça proletária/Aquela que anda de ônibus lotado/e nem liga de usar a mesma roupa na escola e no trabalho/Mas apesar dessa escuridão/ e do tempo nublado/Sigo por aí/ quieto e distraído/ Sempre acreditando que só alcança o sonho quem enfrentou a estrada com os pés descalços num chão de perseverança/humildade e sinceridade/
(Danilo Nuha)


No comments:
Post a Comment